Urge esclarecer este tema, visto grande parte da população lusófona que o usa, não saber a sua origem. Muitos julgam Judas ser Conde e então o "cú" ser o mesmo, mas... Nada mais errado, meus caros.. Nada mais errado.
Vamos então por partes e comecemos por esclarecer o dito do Conde.
Desde então à insistente pergunta "onde? onde?" mata-se a curiosidade do interrogador com a estocada "No cú do Conde!".
(Como nota, gostaria de acrescentar que dado o estado em que encontrava a garrafa quando foi avistada, muitos acreditam ser possível o Marquês ter acertado a localização dela, mesmo sem o saber)
Arrumado então "o cú do Conde" saltamos, então, para o "cú de Judas", salto esse sem qualquer conotação sexual, pois claro. O salto até pode não ter, no entanto o mesmo não se pode dizer da expressão, passo a explicar:
Alípio Judas, desaparecido nos finais do século XIX, era um bom vivã, namoradeiro e embora heterossexual, causava o delírio de qualquer maricas que o visse na rua. Durante anos foi o objectivo sexual de muito homem de Barcelos, de onde ele era natural. Porém, nunca nenhum teve sucesso. Dada a dificuldade de o alcançar, é recordado o episódio de um advogado de então, gay não assumido que tinha tentado um affair com o tal Alípio, em que lhe questionam "se o acordo entre as partes estava perto de ser alcançado?". O doutor Júlio Almeida, o tal advogado, marcado pelas muitas recusas de Alípio, a última das quais na véspera responde: "Perto?!? Está longe como o cú de Judas".
A partir daí a expressão é utilizada para referir que algo se encontra longe.
Logo, "cú do Conde" e "Cú de Judas" são expressões distintas, para serem utilizadas em ocasiões distintas.
A isto, meus amigos, eu chamo serviço público e respondo-vos "De nada!"
Dr Jaime, preciso de um esclarecimento - Chamada para Tóquio. De onde vem esta expressão?
ResponderEliminar