Explicação n.º 10: Dar o cu e oito tostões

Pois é, meus caros, cá estou eu de volta. Ou melhor, meus amigos. A bem da verdade, deixem-me que vos diga que, embora o tempo quente que se tem feito sentir, já sentia falta do vosso calor. Esta manifestação de saudades mostra um lado meu mais sentimental, que contrasta com aquele meu lado mais preciso e objectivo revelado ao longo dos posts anteriores. Talvez atraiçoado por este sentimento que dizem ser tão lusitano, faço hoje um post sem reunir todos os dados que considero imprescindíveis. Espero contudo que não me levem a mal. Na verdade, embora saiba a história que está por trás desta expressão, não sei a época em que isto ocorreu. Assim sendo sem qualquer referência temporal conto-vos a história da Senhora Dona Almerinda Custódio, esposa de Américo Custódio. Américo, ávido jogador, desde cedo comprometeu as finanças familiares com apostas sempre nos cavalos errados.
Almerinda vivia preocupada com o desgoverno que reinava dentro de sua casa. E ao segundo dia que o Jaiminho (nome pelo qual era chamado o seu mais novo) reclamou por pão, Almerinda decidiu vender o seu próprio corpo na esquina mais próxima. Trágico para uns, oportunidade interessante para outros. Os valores que pagavam na altura eram tentadores e se por felátio, as alcoviteiras da altura recebiam 15 tostões, cada sessão de sexo anal chegava a atingir a soma de 20 tostões. Uma fortuna para a época. Nem tudo são rosas, porém. A concorrência na altura era alta e muitas vezes Almerinda chegava a casa com os bolsos vazios. É assim que Almerinda, inspirada pelo gosto que sempre lhe deu o sexo anal, fazer uma promoção. Por cada 20 tostões que lhe dessem, ela dava o "cu" e ainda dava o troco de oito tostões. Uma pechincha estes 12 tostões dado o talento natural da senhora. E foi assim que nasceu esta expressão que deriva do gosto desta alcoviteira pelo sexo anal. Dar o cu e oito tostões é então utilizado para expressar situações que uma pessoa esteja a querer muito algo.

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